Mesmo ainda uma possibilidade, a disposição do ex-governador José Serra de reconsiderar sua posição de não concorrer à prefeitura de São Paulo foi comemorada pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra:
"Um alívio"! - exclamou ao saber da notícia.
Guerra evidentemente vibra porque vê aí o caminho aberto para que o senador Aécio Neves (MG) consolide-se como o candidato do partido à presidência em 2014.
Segundo dirigentes tucanos, se finalmente decidir se candidatar, o próximo passo de Serra será investir todas as fichas na formação de uma ampla aliança, que reúna PSD, DEM, PDT, PSB e PTB, garantindo razoável tempo de TV.
O envolvimento do governador Geraldo Alckmin para viabilizar essa e outras exigências de Serra não é garantia, porém, de êxito pleno.
O tempo perdido até aqui gerou quatro candidaturas tucanas, uma pré-aliança do prefeito Gilberto Kassab com o ex-presidente Lula e o ingresso do PDT no governo tucano.
Além das feridas internas num eventual desmonte das pré-candidaturas do PSDB, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical, reafirmou a candidatura à Prefeitura de São Paulo.
"Continuo pré-candidato", disse ao blog. Ele alega que a secretaria que o governador Geraldo Alckmin deve confiar ao PDT não passa por sua desistência.
Já o líder do PT, deputado Jilmar Tatto (SP) - que renunciou à candidatura em favor de Fernando Haddad - minimizou a possibilidade de perder o apoio do PSD. "Sempre trabalhamos com a possibilidade da candidatura de Serra. O PT assiste de camarote à briga dos adversários", provocou.
Resta saber como agirá Kassab, que sempre condicionou a candidatura própria do PSD, ou alianças, à decisão de Serra. Se o ex-governador for candidato - disse sempre o prefeito -, estarei com ele.