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Prefeitura de Macapá retém dinheiro do empréstimo consignado

O Ministério Público do Amapá abriu inquérito para investigar novo escândalo da prefeitura da Capital: a retenção, pela administração municipal, de R$ 4,7 milhões descontados em folha dos servidores públicos que fizeram empréstimos consignados e que deveriam ter sido repassados ao Banco Itaú Unibanco, autor da reclamação que deu origem à nova investigação.

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Por Redação
Atualização:

O valor é o acumulado desde junho, mês em que o repasse parou de ser feito.

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O caso pode fazer do prefeito Roberto Góes (PDT) réu por improbidade administrativa. Góes promoveu a censura de matéria divulgada por este blog, relatando que faz campanha à reeleição em condições restritas por acordo judicial decorrente de sua prisão, em 2010, na Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, que lhe custou 10 dias na penitenciária da Papuda, em Brasília.

A prefeitura de Macapá também foi obrigada judicialmente a cancelar contrato da empresa Criativa Construções Ltda, de propriedade de um irmão do prefeito, por licitação viciada. Em outra concorrência, para ganhar uma obra, a empresa alterou seu contrato social - mas o fez após vencer a licitação, dois anos depois.

Essa Criativa, do irmão de Góes, faz jus ao nome: fundada em fevereiro de 2008, com capital social de R$ 60 mil e dois sócios, já em 2009, tinha contratos de R$ 660 mil com a prefeitura do PDT.

De 2009 a 2012, os contratos da Criativa nas secretarias de Educação e Saúde renderam mais de R$ 2 milhões. Só este ano já foram pagos ao irmão do prefeito o valor total recebido em todos os anos anteriores, o que mostra o avanço da empresa na estrutura municipal.

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O prefeito tem perseguido os órgãos de comunicação locais que divulgam esses e outros fatos apurados na sua gestão. Há relatos até de empresas jornalísticas fechadas por falsa denúncia de dívida fiscal.

 

 

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