Com Arruda no cargo, sangrando até o fim, quem puder faz campanha desde já em cima da super-produção cinematográfica de Durval Barbosa. Quem não puder, aproveita a blindagem que a estratégia oferece, caso da base aliada do governador.
Isso explica o olhar de paisagem do PT e de lideranças habitualmente aguerridas no Distrito Federal, como Rodrigo Rollemberg, Chico Vigilante, Agnelo Queiroz , Geraldo Magela e outros. Estão todos no mais obsequioso silêncio.
O PT, que em outros tempos, estaria com o bloco na rua, denunciando o espancamento de estudantes pela polícia de Arruda, e em campanha pelo seu impeachment, está mais sumido que testemunha da máfia.
Provavelmente constrangido pela confissão de seu candidato natural, Agnelo Queiroz, de que não denunciou o esquema de corrupção de Arruda, apesar de ter sido convidado vip de Durval Barbosa para uma sessão privê de todos os seus vídeos, há bastante tempo.
E, assim, o PT devolve ao DEM, em Brasília, a gentilezacom que este o distinguiu quando do caso do mensalão do governo Lula: explora eleitoralmente o episódio mas ajuda a limitar a investigação. Afinal, para uma prática comum, tolerância mil.