Esse foi o resultado de um levantamento feito pelo partido hoje pela manhã, na seqüência de uma reunião com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que desmentiu a existência de clima ruim entre ele e a presidente Dilma Rousseff.
"Lupi, vai lá e vê o que você pode fazer", teria dito Dilma ao ministro, na versão deste à bancada.
Desde então, o partido trabalha essa questão indiferente às versões de que a votação do mínimo seja o primeiro teste político da presidente.
Acreditam que está reeditado o conflito entre a base aliada e a área econômica, que permeou o governo Lula.
E que a versão do desgaste do ministro é patrocinada pela ala governista identificada com as posições dos técnicos econômicos.
Por esse raciocínio, Dilma estaria sendo disputada pelos movimentos sociais e pela equipe econômica.
Mas um deputado do PDT que votará com o governo, disse a este blog que o governador Eduardo Campos acha que a presidente está "impactada" com as análises da equipe econômica em relação aos efeitos de um mínimo acima de R$ 545.
A declaração desastradade Lupi de que deve defender os interesses do partido por ser um ministro do partido foi minimizada pelos parlamentares sob sua liderança.
Esses parlamentares consideram que o argumento foi usado por Lupi em discussões dentro do governo.
Mas o fato é que já houve reação do Palácio. O princípio é o de que o PDT tem um ministério por ser da base aliada e, como tal, deve defender os interesses do governo antes dos interesses partidários.
Ou seja, para o Palácio, Lupi deve agir como base governista antes de pregar para as suas bases.