A presidente Dilma Rousseff deu aval para que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) restaure a missão original da agência como órgão de inteligência estratégica a serviço do Estado.
O ministério da Defesa minimizou o conflito classificando-o como uma ação de inspiração sindicalista que reuniu pouco mais de uma centena de funcionários num universo de oitocentos.
Não se fala em punições, o que não significa que não ocorram: antes, pode haver até afastamentos.
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Elito de Siqueira, alvo mais visível da rebelião, não fala publicamente sobre o assunto, mas tem admitido a interlocutores que está em curso um processo de correção de rumos na agência.
O conceito a orientar a mudança é o de que a Abin não é órgão de espionagem e nem gabinete de crise, mas de prevenção de crises, o que a levará a se concentrar no monitoramento de cerca de 400 pontos estratégicos considerados de segurança nacional - desde as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas até sistemas vitais ao país como o elétrico, ohidrelétrico e o energético.
A idéia é manter a presidente da República previamente informada sobre assuntos de importância estratégica, para que o governo recupere a capacidade de se antecipar aos fatos.