PUBLICIDADE

Fim de parceria histórica

O voto é secreto e a fé é vida interior, portanto é impossível prever o resultado da recomendação da CNBB ao eleitor católico para que vote em "pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana".

Por João Bosco Rabello
Atualização:

Mas o PSDB acredita que a orientação pode influir no espírito do eleitor católico fiel à Igreja e comemora sem estardalhaço o manifesto dos bispos, porque os pontos vetados pela CNBB, na ótica do partido, não podem ser dissociados da candidata Dilma Rousseff - afinal eles constam do Plano Nacional de Direitos Humanos, produzido no governo do qual fez parte e cuja continuidade representa.

PUBLICIDADE

O enunciado é uma clara tomada de posição contra bandeiras caras à esquerda, como o direito ao aborto, ao casamento entre homossexuais e à adoção de crianças pelos mesmos.Representa um divisor de águas numa parceria histórica entre a ala progressista da Igreja e o PT.

Católico, Serra não pretende tratar desses temas por achar que cabe ao Congresso e, por extensão, à sociedade examiná-los.Mas já fez profissão de fé contra o aborto e declarou-se católico em diversas ocasiões.

O casamento Igreja-PT produziu bons resultados à época em que a parceria se justificava e quando os conflitos entre as agendas cristã e marxista podiam ser evitados."Foi bom enquanto durou", sintetiza um parlamentar petista.

"Além do aborto, há outras distorções inaceitáveis"

Publicidade

Dom Odilo Scherer,

SOBRE O PLANO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.