Eles reclamaram do excesso de burocracia da Caixa Econômica Federal e do BNDES para repassar investimentos, sobretudo recursos destinados ao programa "Minha Casa, Minha Vida", o mais ambicioso programa de habitação popular e uma das vitrines do governo Dilma Rousseff.
Conforme relato de um dos participantes do encontro, a insatisfação com o programa é tão grande, que ele vem sendo chamado, informalmente, entre os empreiteiros, de "minha casa, minha morte".
Lula ouviu dos empresários que o setor de construção civil só não naufragou graças a algumas PPPs (Parcerias Público-Privadas) em execução nos Estados, que contam com a participação dos fundos de previdência de instituições federais, como Previ (dos funcionários do Banco do Brasil) e Funcef (dos servidores da Caixa).
Os empresários pediram mais obras no formato das PPPs, impulsionadas com a edição de duas medidas provisórias do plano Brasil Maior, de estímulo à indústria nacional. A MP 564 criou uma nova estatal, a Agência Brasileira Gestora de Fundos e Garantias (ABGF), que vai fornecer seguro para os projetos de PPPs, cobrindo os riscos decorrentes dos contratos, como descumprimento de obrigações e acidentes nas obras. A MP 564 também ampliou a capacidade de financiamento do BNDES em mais R$ 45 bilhões.