O ex-senador afirmou que há um vácuo na oposição e que a liderança do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não foi substituída por Aécio nem pelo ex-governador José Serra (PSDB).
"Não sou cético em relação às oposições como parece está hoje o senador Bornhausen nem como outras análises que tenho visto. As pessoas têm essa expectativa alta, mas não estamos disputando eleição hoje. Temos de nos preparar para restabelecer canais com a sociedade e nos fortalecer para as próximas eleições".
Para ele, o primeiro passo é a oposição se reorganizar estruturalmente. Aécio acredita que apesar dos conflitos internos, o partido chegará unido à convenção nacional do próximo dia 29, em que apenas uma chapa disputará o comando do diretório nacional.
"Chegamos à convenção em clima de paz e convergência, por mais que alguns apostassem em algo diferente", disse, alfinetando o rival José Serra que disputa mais uma vez a candidatura presidencial.
Aécio acha também que o próprio governo municiará a oposição para que ela se fortaleça e, depois das eleições municipais, tenha um "projeto novo e diferente" para apresentar ao País.
"O essencial é esse reencontro com o País, o que mais vai ajudar a oposição é o próprio governo com essa tibieza e insegurança com que enfrenta a questão econômica".
"A inflação já não é mais uma perspectiva, e sim uma realidade, principalmente para as camadas de mais baixa renda, que foram resgatadas pelo governo do PSDB com o Plano Real".
Aécio admitiu a possibilidade de fusões partidárias, mas não agora.
"A política é a arte de administrar o tempo, às vezes a medida correta tomada no tempo errado dá resultados errados. É hora de nos fortalecermos enquanto partidos. Estou sereno, vamos chegar competitivos em 2014, qualquer que seja nosso candidato", concluiu.