Como sou da turma do 'recordar é viver', vamos relembrar o que esta cidadã fez. Ela, o ex-marido e ex-secretário de Assuntos Políticos e um ex-secretário de Agricultura do município foram acusados pelo Ministério Público do Estado por desvio de recursos no valor de R$15 milhões. A verba iria para a educação. Enquanto Lidiane ostentava uma vida rodeada de luxos, um salário de R$ 12 mil, roupas caras, jóias, etc nas redes sociais, os alunos das escolas públicas eram dispensamos mais cedo por falta de merenda!
Foto: Biaman Prado/ O Estado
A prefeita sempre argumentou que o alto padrão de vida dela era fruto do salário de prefeita, dos bens deixados pelo ex-marido e o fato de ter um 'namorado rico'. Em agosto do ano passado, Lidiane fugiu da Polícia Federal durante a Operação Éden.
A decisão da Justiça Federal, anunciada nesta semana, permite a prefeita ter acesso às dependências da administração municipal e as secretarias. O juiz José Magno Linhares Moraes argumenta que a decisão de reconduzi-la ao cargo obedece o princípio da 'razoabilidade': "tendo sido alterada a situação fatídica vivenciada pela requerente, a qual se encontra prestes a exercer suas funções públicas ao cargo de prefeito, subscrito pelo presidente da Câmara Municipal de Bom Jardim e prestando homenagem ao princípio da razoabilidade, considero desnecessária a manutenção da medida restritiva, ora impugnada".
Ao mesmo tempo, o promotor de Justiça Fábio Santos de Oliveira, titular da Comarca de Bom Jardim, entrou com um pedido de reconsideração ao Poder Judiciário, alegando que Lidiane causou sérios danos aos cofres públicos do município.
De toda forma, se a Justiça não tomar uma decisão definitiva, na próxima segunda-feira, os habitantes de Bom Jardim irão acordar tendo de volta aquela prefeita que prefere ostentar a própria avareza ao invés de construir escolas e oferecer merenda aos alunos. Como diria o Dantas, agoniza, democracia!