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Crônicas sobre política municipal. Cultura brasileira local sob olhar provocativo | Colaboradores: Eder Brito, Camila Tuchlinski, Marcos Silveira e Patricia Tavares.

'O exemplo vem de cima'

Na semana passada, escrevi aqui no blog a respeito da nomeação de "Marcelinho" Crivella para uma das secretarias do pai dele, o prefeito do Rio de Janeiro. Ele ficaria na chefia da Casa Civil municipal. Porém, o movimento 'nepotista' de Marcelo Crivella pai não deu certo. A instância máxima da Justiça brasileira teve de intervir.

Por Camila Tuchlinski
Atualização:

Quando Marcelinho teve o nome lançado no Diário Oficial do Município, no dia 1º de fevereiro, a prefeitura se apressou em justificar: "Cabe ressaltar que não há qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade na nomeação de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal. A Súmula Vinculante número 13 do STF não entende como nepotismo a indicação de parentes para ocupar cargos de confiança no primeiro escalão"

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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella, ao nomear o filho: "Eu tenho toda a consciência de que ele está preparado para me ajudar. Uma das coisas mais importantes da política é termos ao nosso redor pessoas em quem possamos confiar".

O ministro do STF Marco Aurélio Mello concedeu uma liminar suspendendo a nomeação nesta quinta-feira. O magistrado citou exatamente a Súmula Vinculante 13 do Supremo, que proíbe SIM agentes públicos de nomear parentes até o terceiro grau para cargo em comissão, função gratificada ou de confiança em quaisquer dos poderes. "No Brasil, não precisamos de mais leis. Nós precisamos de homens, principalmente públicos, que observem as existentes. E o exemplo vem sempre de cima", enfatizou Marco Aurélio Mello, que disse que só assim "avançaremos culturalmente". Avança!

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