O presidente da Câmara, Kelmann Vieira, do PMDB, quer pôr fim à polêmica sobre o aumento de vagas na Casa. Sobre o pedido dos 'nanicos', Kelmann disse que, como resposta, 18 parlamentares assinaram um documento rejeitando a solicitação. Ele também justificou a decisão dos colegas jogando a culpa para a crise econômica pela qual passa o Brasil. "Diante do atual quadro de crise econômica que o País e os municípios passam, não seríamos irresponsáveis de propor mudanças que geram mais despesas, mesmo que houvesse um aumento do duodécimo e que não vai haver, como já ficou definido na proposta orçamentária para o próximo ano", argumentou. "Além disso, a proposta de aumento é contrária ao que pensa e deseja o maceioense".
Dez vereadores a mais em Maceió significa multiplicar por dez os gastos com gabinete, assessores, jornais informativos do vereador para a população, carros oficiais, cafezinhos, etc, etc, etc. De fato, não é viável.
A situação é tão ruim nos municípios brasileiros que, apesar de ser a medida mais impopular do momento, a Frente Nacional de Prefeitos, que reúne representantes das cidades com mais de 200 mil habitantes, entregou nesta semana à presidente Dilma Rousseff uma carta de apoio à recriação da CPMF, desde que os recursos arrecadados sejam divididos com os municípios.
Os prefeitos defenderam a alíquota de 0,38%, ou 0,18 ponto percentual a mais que a proposta inicial do governo, para que desse valor 0,17 ponto fique com a União, 0,09 com Estados e 0,12 com municípios. No cálculo da Frente, os municípios passariam a receber R$ 19,2 bilhões a mais por ano.
Os prefeitos, no entanto, querem que a nova contribuição seja reservada exclusivamente à saúde. Hum...de novo a recriação de um imposto destinado só para a saúde?