Os nobres vereadores protocolaram o projeto na noite da última segunda-feira, 6, em regime de urgência. Foi aprovado por 11 votos a sete. Houve confusão durante a sessão e a segurança teve de ser reforçada pela Guarda Municipal, com direito a 'rifles'.
(foto: TV Câmara)
Os vereadores de Limeira recebem, atualmente, R$ 6.223,15 por mês. E com o reajuste, o valor mais que dobra: R$ 12.632,69! Como aqui no blog do DANTAS a gente 'mata a cobra e mostra o pau', vamos a lista de vereadores que votaram a favor, contra e aqueles que se declararam 'impossibilitados de votar'.
Quem votou a favor do salário generoso: Toninho Franco (PR), Dinho (PSB), Erika Tank (PROS), Totó do Gás (PSC), Jú Negão (PSB), Farid (PROS), Zé da Mix (PSD), Lu Bogo (PR), Dra. Mayra (PPS), Pastor Nilton (PRB), Lemão da Jeová (PSC).
Quem foi contra o reajuste nos próprios salários: Aloízio Andrade (PT), Tigrão (PMDB), Darci Reis (PR), Érika Moraes (PT), Jorge de Freitas (SDD), Luisinho da Casa Kühl (PSDB), Dr. Raul (PMDB).
Quem ficou em cima do muro: Ronei Martins (PT) e Wilson Cerqueira (PT).
** O presidente da sessão, dr. Júlio (DEM), não vota.
Limeira azedou! Trinta estudantes e líderes de movimentos sociais ficaram inconformados com o aumento e fizeram protesto e tumulto durante a sessão. Para garantir a segurança, os vereadores, então, convocaram a guarda municipal. Durante a semana, fiquei sabendo que teve vereador (a) que se 'arrependeu' de ter votado a favor...ah, mas aí já era tarde, né?
De acordo com a assessoria de imprensa do presidente da Câmara, o reajuste está previsto na Constituição, já que os vereadores podem ter um salário de até 40% sobre o valor pago aos deputados estaduais. Existem muitas coisas previstas na Constituição e que não são respeitadas. E questões muito mais relevantes.
De verdade, o cargo político deveria ser missão de voluntário: um valor simbólico de salário, porém, conquista-se o respeito da sociedade e de toda uma nação. Hoje, os salários são exorbitantes e o poder proporciona vantagens como a troca de favores, em que negociar cargos, licitações, entre outros fazem parte do 'bônus salarial'. A população que sai às ruas para protestar e quer participar mais da política pode e deve levantar o debate. Avança, democracia!