Pelo método antigo, cada gabinete de vereador poderia gastar até R$ 15 mil mensais para cobrir despesas do mandato. Os parlamentares faziam as aquisições e, depois, ganhavam reembolso mediante apresentação de cupom fiscal. O Ministério Público de Minas Gerais realizou diversas denúncias a respeito do assunto.
Os contratos de licitação atuais terão vigência de dois anos cada e começam a valer já em 2016. A Câmara Municipal vai gastar R$ 5,9 milhões para custear aluguel de veículos e celular para os 41 vereadores de Belo Horizonte. E os carros são melhores do que os de muitos eleitores: serão disponibilizados 50 veículos modelo 2015, motor 1.4 ou 1.5, com direção hidráulica, airbags frontais e ar-condicionado! Ah, e o contrato prevê gastos com combustível também.
O presidente da Casa, Wellington Magalhães, do PTN, afirma que as licitações públicas, além de uma maior transparência, vão gerar economia. No edital de compra, há a seguinte justificativa: "De fato, verifica-se que o modelo de veículos próprios implica em elevados custos diretos e indiretos, seja pela proliferação de contratos a serem licitados e administrados (manutenção, lavagem, abastecimento, seguros, etc), seja pela necessidade de mobilização de mão de obra para o gerenciamento da frota, bem como pela imobilização de capital inerente ao modelo"
E tudo indica que outras licitações serão realizadas para adquirir os demais itens cobertos pela extinta verba indenizatória.