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Youssef disse a procuradores que CPI queria inibir suas acusações contra Cunha

Doleiro da Lava Jato disse que Comissão de Inquérito presidida por aliado de presidente da Câmara convocou até suas filhas para depor

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Por Redação
Atualização:

Por Talita Fernandes e Beatriz Bulla

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BRASÍLIA - Em depoimento prestado a procuradores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef, relatou que a CPI da Petrobrás na Câmara dos Deputados convocou suas filhas para inibir que ele fizesse acusações contra parlamentares e, especialmente, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O depoimento em que o doleiro relata "pressão" por meio de sua família foi prestado voluntariamente aos investigadores em 23 de junho deste ano. Youssef contou que a CPI aprovou a convocação de suas três filhas e de sua ex-mulher para depor, além da quebra de sigilos fiscal e bancário delas, cerca de um mês depois de ele ter afirmado ao Ministério Público que Cunha era o destinatário final de propinas pagas por contrato firmado entre a Samsung e a Petrobrás.

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Youssef disse aos investigadores que a intenção da CPI era inibi-lo a "revelar fatos incriminadores de determinados agentes políticos, em especial Eduardo Cunha", afirmou. O doleiro disse que a retaliação era, sobretudo, "incômoda", por estar preso e não poder ajudar sua família. Youssef disse ainda que "nenhuma pressão" o faria recuar das acusações contra o parlamentar.

O presidente da Câmara foi denunciado ontem pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No pedido de condenação encaminhado ao Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria afirma que Cunha recebeu ao menos US$ 5 milhões em propinas de um contrato firmado entre a Samsung Heavy Industries Co e a Petrobrás para aluguel de navios-sonda.

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