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Xepa amplia foco de investigações sobre propinas da Odebrecht fora da Petrobrás

Setor 'profissional' de pagamentos sistemátizados de corrupção levam Lava Jato a obras de estádios, infraestrutura e de saneamento

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Por Ricardo Brandt , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

 Foto: André Dusek/Estadão

A Operação Xepa - 26ª fase da Lava Jato - deflagrada nesta terça-feira, 22, abre novas linhas de investigação do pagamento de propinas pelo Grupo Odebrecht em outras obras públicas, que extrapolam a Petrobrás - foco inicial das investigações.

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"Existe um sistema inclusive automático de controle desses pagamentos com distribuição de alçadas com pagamentos em setores de óleo gás, infraestrutura, estádios de futebol, canal do sertão", afirmou o procurador da República Carlos Fernando Santos de Lima, durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira, 22, em Curitiba.

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Segundo a força-tarefa da Lava Jato, a partir do material apreendido na 23ª fase - Operação Acarajé -, que prendeu o marqueteiro do PT João Santana, foram descobertas planilhas de controle dos pagamentos de propina da Odebrecht. A empreiteira pagou pelo menos US$ 3 milhões em conta secreta do marqueteiro na Suíça.

A procuradora da República Laura Tessler afirmou que as descobertas levaram a uma "estrutura profissional de pagamento de propinas na Odebercht". Segundo ela, eram "pagamentos sistemáticos" com entregas de valores em moeda no Brasil e transferências no exterior.

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