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Veja Adriana no camburão da PF a caminho da cadeia

Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), por 3 votos a 2, derrubou regime domiciliar da ex-primeira-dama do Rio - condenada a 18 anos por associação criminosa e lavagem de dinheiro - e determinou o encarceramento da mulher do ex-governador Sérgio Cabral em regime fechado

Por Marcio Dolzan/RIO
Atualização:

Adriana Ancelmo. FOTO WILTON JUNIOR / ESTADAO Foto: Estadão

Adriana Ancelmo volta à cadeia. FOTO WILTON JUNIOR / ESTADAO Foto: Estadão

A ex-primeira-dama do Estado do Rio, Adriana Ancelmo, foi levada, pela Polícia Federal, para a prisão na noite desta quinta-feira, 23. Agentes da PF chegaram ao endereço residencial dela no início da noite para cumprir o mandado de prisão expedido após decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 2ª Região no fim da tarde. Houve comemoração em frente ao prédio.

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A viatura da PF chegou ao local às 18h22. Moradores do entorno foram às janelas e pessoas que passavam pela rua pararam para acompanhar a movimentação dos agentes. Alguns aplaudiram e outros gritaram xingamentos de todo tipo à ex-primeira-dama -- o mais leve foi "pilantra". Teve também quem pediu "devolva as joias" e "vai comer quentinha na cadeia, sua ladra".

Defesa diz que Adriana Ancelmo não oferece risco para a sociedade

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Quando Adriana embarcou na viatura, às 18h41, os insultos aumentaram. Alguns chegaram a bater na janela do veículo da PF.

Adriana Ancelmo foi presa em dezembro do ano passado, quando foi recolhida ao Complexo de Gericinó, em Bangu. Desde março, porém, estava sob prisão domiciliar em seu apartamento no Leblon, bairro nobre da zona sul do Rio, depois que sua defesa conseguiu liminar no Superior Tribunal de Justiça sob o argumento de que a legislação brasileira dá esse direito às mães com filhos menores de 12 anos.

Em setembro, o juiz Marcelo Bretas, da 7 Vara Federal Criminal do Rio, condenou a ex-primeira-dama a 18 anos e 3 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Com a decisão desta quinta do TRF-2, Adriana será encaminhada à ala feminina da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, reformada este ano. O local é o mesmo que abriga seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), os ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho, ambos do PR, e outros políticos investigados na Lava-Jato.

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