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EXCLUSIVO: Tião, Renan Filho e Robinson Faria, os governadores da Lista de Fachin

Mandatários do Acre, Alagoas e Rio Grande do Norte foram citados nas delações da Odebrecht

Foto do author Leonencio Nossa
Por Breno Pires , Leonencio Nossa , de Brasília e e Valmar Hupsel Filho
Atualização:

Tião Vianna, Renan Filho e Robinson Faria. Fotos: Montagem Estadão Foto: Estadão

Três governadores do Norte e Nordeste estão na lista dos investigados a pedido da Procuradoria-Geral da República porque estão em investigações que envolvem outras pessoas com foro privilegiado. São eles Tião Viana, do Acre (PT), Renan Filho, de Alagoas (PMDB), e Robinson Faria, do Rio Grande do Norte (PSD). Eles são acusados por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva. Os casos dos três serão analisados no STF por citar senadores e deputados federais, que tem foro na Corte. Outros governadores também devem ser investigados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) porque os casos ligados a eles não incluem pessoas com foro no STF.

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O Estado teve acesso a despachos do ministro Fachin, assinados eletronicamente no dia 4 de abril.

Executivos da construtora Odebrecht delataram que a empresa Braskem, do grupo, interessada em contratos de energia no Nordeste, repassaram R$ 1,2 milhão por via oficial para o PMDB de Alagoas, em 2009 e 2010, sendo R$ 800 mil para Renan Filho, num acordo negociado pelo senador Renan Calheiros, pai do governador que em outra delação foi acusado de receber R$ 500 mil. O então governador Teotônio Vilela (PSDB), teria ficado com um percentual de 2,25% de propina pela aprovação de um contrato - sem especificar valores.

No caso do Acre, o senador Jorge Viana (PT) pediu R$ 2 milhões para a campanha do irmão, Tião, candidato ao governo estadual em 2010, sendo R$ 500 mil de forma oficial, numa negociação que envolveu o ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci. Os delatores ainda afirmaram que, no Rio Grande do Norte, o agora governador Robinson Faria (PSD), tratado como "Bonitinho", recebeu R$ 350 mil de propina em contratos de saneamento básico. A denúncia ainda atingiu a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, tratada por "Carrossel", que também recebeu R$ 350 mil, e o deputado federal Fabio Faria (PSD), o "Bonitão" ou "Garanhão", R$ 100 mil. Entre os delatores citados no inquérito está Marcelo Odebrecht, dono da construtora.

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