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Teori suspende exigência para juízes revelarem razões de foro íntimo

Ministro do Supremo Tribunal Federal dá liminar em Mandado de Segurança e provisoriamente torna sem efeito norma que obriga magistrados de 1.º e 2.º graus a informarem às Corregedorias nos processos em que afirmem suspeição

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Por Fausto Macedo
Atualização:

Teori Zavascki. Foto: André Dusek/Estadão

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar no Mandado de Segurança 34316, suspendendo os efeitos do Ofício Circular 22/2016, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina a observância da Resolução 82/2009, a qual obriga os magistrados de 1º e 2º graus a informarem às corregedorias as razões do foro íntimo invocado nos processos em que afirmem suspeição.

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De acordo com o relator, a norma do CNJ, 'à primeira vista', é incompatível com o artigo 145, parágrafo 1º, do novo Código de Processo Civil (CPC), segundo o qual o juiz poderá declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões. O mandado de segurança foi impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

No MS 34316, as entidades sustentam que o novo CPC (Lei 13.105/2015) estabelece que, ao declarar a suspeição por motivo íntimo, o magistrado assim o fará sem necessidade de declarar suas razões. Alegam que, nos termos do parágrafo 1º do artigo 2º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei 4.657/1942), "a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior".

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