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Supremo solta procurador infiltrado de Joesley

Decisão da Turma que favorece Ângelo Goulart, acusado de receber mesada de R$ 50 mil da JBS, é extensiva ao advogado Willer Tomaz; ambos não podem sair de casa no período noturno e nem fazer contato com outros investigados

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Por Luiz Vassallo , Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

Willer Tomaz (à esq.) e Ângelo Goulart. Foto: Reprodução

O Supremo Tribunal Federal mandou soltar o procurador da República Ângelo Goulart, acusado de receber mesada de R$ 50 mil do empresário Joesley Batista, da JBS, em troca de informações sigilosas da Operação Greenfield - investigação sobre rombo bilionário nos maiores fundos de pensão do País. Goulart foi preso no dia 18 de maio na Operação Patmos.

A decisão da Corte é extensiva ao advogado Willer Tomaz, que também foi preso em maio sob acusação de fazer os repasses de R$ 50 mil ao procurador.

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O resultado deu empate na votação da Segunda Turma da Corte máxima. Empate beneficia réu.

Votaram pela manutenção da prisão do procurador e do advogado os ministros Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo, e Celso de Mello, o decano. Votaram pela soltura dos acusados os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.

Goulart e o advogado estão no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Os dois já foram denunciados criminalmente pelo Ministério Público Federla. O procurador é formalmente acusado por corrupção passiva, violação de sigilo funcionário qualificada e obstrução de Justiça. O advogado foi denunciado por corrupção ativa~e pelos outros dois crimes atribuídos a Goulart.

Os ministros do Supremo impuseram restrições aos aliados de Joesley. O procurador e o advogado não podem sair à rua durante o período noturno e não podem manter contato com outros investigados.

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