O Supremo Tribunal Federal revogou nesta terça-feira, 25, a prisão do pecuarista José Carlos Bumlai - amigo do ex-presidente Lula condenado na Lava Jato no emblemático episódio do empréstimo de R$ 12 milhões do Banco Schahin, dinheiro que teria sido destinado ao PT, em outubro de 2004.
Bumlai está em prisão domiciliar em São Paulo desde novembro de 2016 - regime em que já havia permanecido de março a agosto.
A revogação da prisão preventiva de Bumlai acolhe pedido da criminalista Daniella Meggiolaro. Um dos argumentos usados pela defesa foi o estado de saúde do acusado, atingido por um câncer e problemas cardíacos.
Nesta terça, por 3 a 2, os ministros do Supremo revogaram o decreto de prisão preventiva contra Bumlai, imposto pelo juiz federal da Operação Lava Jato Sérgio Moro.
Votaram pela revogação da prisão os ministros Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. O relator da Lava Jato na Corte, Edson Fachin e o ministro Ricardo Lewandowiski votaram pela manutenção da domiciliar.
Bumlai aguarda julgamento da apelação - contra a condenação imposta por Moro - com parecer favorável do Ministério Público Federal, para reduzir a pena, com grande chance de prescrição.
"Finalmente foi reconhecida a injustiça do decreto de prisão preventiva do sr. Bumlai, independentemente de seu estado de saúde precário", declarou a advogada Daniella Meggiolaro.