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STF mantém Marcelo Odebrecht na prisão

Na mesma sessão, os ministros da 2ª Turma decidiram conceder o pedido de habeas corpus a dois ex-diretores da Odebrecht, Márcio Faria da Silva e Rogério Araújo, que passarão a cumprir a pena em regime domiciliar

Por Isadora Peron
Atualização:

Marcelo Odebrecht, preso desde 2015, em Curitiba. Foto: Cassiano Rosário/Futura Press

Atualizada às 17h23

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Com um placar apertado, a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu negar o pedido de liberdade de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da maior empreiteira do País. O empresário está preso desde 19 de junho do ano passado, em Curitiba.

Relator dos processos relativos à Operação Lava Jato na Corte, o ministro Teori Zavascki votou por manter o empreiteiro na prisão. O seu voto foi seguido pelos ministros Celso de Mello e Carmem Lúcia. Gilmar Mendes e Dias Toffoli votaram por aceitar o habeas corpus impetrado pela defesa. O placar terminou em 3 a 2.

Márcio Faria também foi preso nesta sexta-feira. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Na mesma sessão, os ministros da 2ª Turma decidiram conceder o pedido de habeas corpus a dois ex-diretores da Odebrecht. Márcio Faria da Silva e Rogério Araújo passarão a cumprir a pena em regime domiciliar e terão que adotar medidas alternativas como usar tornozeleira eletrônica, não voltar a trabalhar e entregar os passaportes.

Em seu voto sobre Marcelo Odebrecht, Teori afirmou que negava o pedido de liberdade porque o empresário havia tentado interferir nas investigações sobre o esquema de desvios da Petrobrás. Gilmar Mendes, por sua vez, defendeu que a prisão era uma "medida excessiva", porque não havia mais esse risco.

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Rogério Araújo. Foto: Reprodução

O advogado do empreiteiro, Nabor Bulhões, disse que vai recorrer da decisão e entrar com embargos declaratórios na Corte para que a Turma reavalie a sua decisão.

O julgamento sobre o caso de Marcelo Odebrecht já havia sido adiado duas vezes este ano. Em janeiro, em uma decisão monocrática, o presidente STF, Ricardo Lewandowski, havia negado o pedido de liberdade do empresário.

Em março, o empreiteiro foi condenado pelo juiz Sérgio Moro a 19 anos e 4 meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa na Operação Lava Jato.

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