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Seis meses após Alba Branca revelar Máfia da Merenda, deputados abrem CPI em São Paulo

Investigação aponta para suposto envolvimento de ex-assessores do governo Alckmin e também para o presidente da Casa, deputado Fernando Capez (PSDB), que nega ligação com organização que fraudou licitações em pelo menos 37 prefeituras e mirava em contratos da Educação estadual

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Por Mateus Coutinho , Fausto Macedo e Julia Affonso
Atualização:

Assembleia Legislativa de São Paulo. Foto: Paulo Liebert/AE

Atualizado às 12h19

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Após seis meses das primeiras denúncias de fraude em licitações da merenda da rede pública estadual e em pelo menos 37 prefeituras, a Assembleia Legislativa de São Paulo vai instalar nesta quarta- feira, 22, às 15h, a CPI da Máfia da Merenda.

Alvo de investigações do Ministério Público Estadual e da Polícia Civil, a Máfia da Merenda foi desmantelada pela Operação Alba Branca, em janeiro. aponta indícios de envolvimento de ex-integrantes do governo Geraldo Alckmin (PSDB), como o ex-chefe-de-gabinete da Casa Civil Luiz Roberto dos Santos, o 'Moita', e o ex-chefe-de-gabinete da Secretaria da Educação, Fernando Padula, atual diretor do Arquivo Público - ambos, 'Moita' e Padula ligados ao PSDB.

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A investigação revela que 'Moita' fazia de sua sala, no Palácio dos Bandeirantes, contatos com integrantes da organização que fraudava licitações em administrações municipais e mirava também em contratos da Educação estadual.

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Alba Branca aponta também para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Fernando Capez. O lobista Marcel Julio, delator, disse que destinou parte de propinas para a campanha do tucano, em 2014. Capez teve o sigilo bancário e fiscal quebrado pelo Tribunal de Justiça do Estado. Ele nega com veemência ligação com o grupo. Afirma que não recebeu dinheiro ilícito e que ele próprio abriu mão espontaneamente de seus dados pessoais, tanto bancários quanto tributários.

Dos nove integrantes da CPI, a oposição tem apenas um representante, o deputado Alencar Santana Braga, do PT, como titular, e Luiz Turco na suplência. Com a instalação da CPI, nesta quarta-feira, 22, os integrantes devem escolher o presidente e relator dos trabalhos.

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