'Uma loucura incomensurável', assim classifica o líder do PTB e um dos principais aliados do governo na Assembleia Legislativa de São Paulo, Campos Machado, à denúncia apresentada contra o deputado Fernando Capez (PSDB) no âmbito da Operação Alba Branca, que investiga desvios em contratos no fornecimento de merenda escolar às escolas paulistas.
+ Aliados de Capez prometem 'reação' da Assembleia; oposição endossa denúncia
Para o parlamentar, a Casa precisa reagir contra o que chama de 'ditadura do judiciário' e investigadores devem ser convocados para prestar esclarecimentos sobre a condução dos inquéritos.
Capez e outros 8 foram denunciados por supostos desvios de R$ 1,1 milhão em contratos da Secretaria Estadual de Educação com a Cooperativa Agrícola Familiar (COAF) para o fornecimento de suco de laranja. A Operação Alba Branca foi responjsável por desarticular os crimes contra licitação na pasta.
RELEMBRE A MÁFIA DA MERENDA: + Capez, o 'Brasília', usou ONG de combate à Hepatite C para receber R$ 100 mil, diz delator
+ Em sessão tumultuada, CPI da Merenda aprova relatório que isenta políticos
+ Capez esfregou o indicador e o polegar das duas mãos, diz delator sobre propina
+ 53 grampos da Alba Branca revelam plano da quadrilha da merenda para 'atacar outras cidades'
Desencadeada pela Polícia Civil e pela Promotoria, em janeiro de 2016, a ação mirou contratos para o fornecimento de suco e produtos agrícolas a pelo menos 30 prefeituras
Campos Machado diz estranhar que a abertura do inquérito tenha se dado em agosto de 2014 e só ter chegado ao conhecimento de Capez em janeiro de 2016. "Onde estava o secretario de Segurança Pública? Quem indicou o (delegado) seccional de Araçatuba?".
+ Procurador-geral denuncia Fernando Capez por corrupção e lavagem de dinheiro
O líder do PTB propõe até mesmo para que o jogo seja virado contra os investigadores da Operação Alba Branca, deflagrada contra desvios em licitações para o fornecimento de merenda escolar ao Estado e a municípios paulistas.
"O que temos que ouvir é as pessoas que realizaram esse inquérito. Eu vou requerer que sejam ouvidos os delegados que conduziram o inquérito, os promotores que assinaram. Eu vou requerer isso. Estou assegurando que vai haver reação da Assembleia porque não existem provas".
+ 'Moita', ex-número 2 da Casa Civil de Alckmin, fica fora da denúncia contra Capez
Peça do centrão, mas um dos maiores aliados do governo Alckmin, o líder do PTB, veterano da Casa - elegeu-se em 1990 e, desde então, tem sido reeleito sucessivamente - é um crítico do Ministério Público. Em 2013, mesmo período em que se discutia a polêmica PEC 37, que reduzia o poder de investigação criminal do Ministério Público, ele encampou uma emenda constitucional que prevê excepcional concentração de poderes nas mãos do procurador-geral de Justiça, afastando os promotores da função de investigar por improbidade prefeitos, secretários de Estado e deputados estaduais.
+ Procurador teme que Fernando Capez 'torne a delinquir'
Para Campos, o pedido de afastamento contra Capez - protocolado pela Procuradoria-Geral de Justiça e negado pelo TJ - é 'o absurdo dos absurdos'. "uma loucura incomensurável. Segundo, o Capez, eu acredito, ele tem aquela maneira de ser, dizem que é um pouco arrogante, mas é um político honesto. O que aconteceu aí é que a presunção da inocência não existe mais. Existe a presunção da culpa. Estamos caminhando para a pior ditadura que existe que é a do judiciário!".
Em 2013, mesmo período em que se discutia a polêmica PEC 37, que reduzia o poder de investigação criminal do Ministério Público, ele encampou uma emenda constitucional que prevê excepcional concentração de poderes nas mãos do procurador-geral de Justiça, afastando os promotores da função de investigar por improbidade prefeitos, secretários de Estado e deputados estaduais.
Para Campos, o pedido de afastamento contra Capez - protocolado pela Procuradoria-Geral de Justiça e negado pelo TJ - é 'o absurdo dos absurdos'. "uma loucura incomensurável. Segundo, o Capez, eu acredito, ele tem aquela maneira de ser, dizem que é um pouco arrogante, mas é um político honesto. O que aconteceu aí é que a presunção da inocência não existe mais. Existe a presunção da culpa. Estamos caminhando para a pior ditadura que existe que é a do judiciário!".
O líder do PTB propõe até mesmo que o jogo seja virado contra os investigadores da Operação Alba Branca, deflagrada contra desvios em licitações para o fornecimento de merenda escolar ao Estado e a municípios paulistas.
"O que temos que ouvir é as pessoas que realizaram esse inquérito. Eu vou requerer que sejam ouvidos os delegados que conduziram o inquérito, os promotores que assinaram. Eu vou requerer isso. Estou assegurando que vai haver reação da Assembleia porque não existem provas".
"A Assembleia precisa atuar com dignidade, sem medo e em defesa de um poder que tem 150 anos. É um poder amordaçado e tem um poder que quer ser maior que o outro poder. eu fiz questão de falar com você. Eu vou requerer que a Assembleia se posicione contra essa aberração", afirma.