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'Se houve irregularidades, ocorreram fora do TCU', diz presidente do tribunal

Ministro Aroldo Cedraz também nega participação em esquema e afirma que 'suas ações sempre se pautaram pela ética, lisura e respeito aos princípios republicanos'

Por Fabio Fabrini e de Brasília
Atualização:

Ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Raimundo Carreiro (à esq.) e Aroldo Cedraz. FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO Foto: Estadão

O presidente do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro, informou, por meio de nota, que o inquérito da Polícia Federal sobre o caso UTC foi aberto há cerca de dois anos e, imediatamente, "no intuito de colaborar com as investigações", quebrou seus sigilos bancário, fiscal e telefônico, prestando os esclarecimentos solicitados.

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O ministro afirmou que, quando o relatório da PF foi concluído, preparou um memorial e o entregou à Procuradoria-Geral da República. Oportunamente, disse Carreiro, o documento será entregue ao Supremo Tribunal Federal.

"Aguardo com muita serenidade o resultado das investigações pelo Ministério Público e pelo Supremo Tribunal Federal, com a certeza de que tudo será esclarecido, pois, da leitura do relatório, concluo que, se houve irregularidades na licitação de Angra 3, estas ocorreram fora da esfera do TCU", afirmou.

O ministro do TCU Aroldo Cedraz, em nota de sua assessoria, reiterou "sua total isenção, já demonstrada ao longo de onze anos de atuação como magistrado". "Suas ações sempre se pautaram pela ética, lisura e respeito aos princípios republicanos. Caso seja instado a prestar esclarecimentos, ele o fará no âmbito do devido processo legal", disse o comunicado.

A Polícia Federal apontou indícios de que Raimundo Carreiro e o também ministro da Corte Aroldo Cedraz fariam parte de um esquema de corrupção para favorecer a empreiteira UTC em um processo relacionado às obras da usina de Angra 3 na Corte.

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Em relatório conclusivo sobre a investigação, a delegada Graziela Machado da Costa e Silva sustenta que as provas colhidas corroboram declarações de cinco delatores da Lava Jato, que mencionaram pagamento de R$ 1 milhão ao advogado Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, para que conseguisse influenciar o julgamento do caso.

O Estado enviou questionamentos na quinta-feira passada, 13, ao advogado Tiago Cedraz. Na sexta-feira, 14, e nesta terça-feira, 18, sua assessoria informou que estava providenciando uma manifestação para enviar à reportagem, mas não houve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

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