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"São tempos estranhos, geradores de grande perplexidade", diz ministro do STF

Ao chegar ao prédio do Supremo Tribunal Federal para a sessão desta quinta-feira, 18, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que o 'Brasil continua sangrando' diante de revelações da delação da JBS e disse ver com preocupação o cenário político nacional

Por Rafael Moraes Moura , Breno Pires e Beatriz Bulla/BRASÍLIA
Atualização:
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Brasília, 18/05/2017 - O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quinta-feira que a situação política é "preocupante" e que o Brasil continua sangrando diante das revelações da delação da JBS.

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"São tempos estranhos, muito estranhos, geradores de grande perplexidade nacional. E o Brasil, como nós estamos vendo, continua sangrando", disse o ministro, ao chegar ao edifício-sede do STF para a sessão plenária desta tarde.

O ministro recomendou "serenidade" para aguardar os próximos acontecimentos. "O momento é de guardar os princípios. Nós temos uma Constituição e ela precisa ser respeitada, apenas isso. Vamos aguardar para ver quais serão os próximos passos. Que sejam passos seguros e que atendam, acima de tudo, os anseios da sociedade."

Indagado pelo Broadcast Político se o presidente Michel Temer deveria renunciar ao mandato, o ministro respondeu: "Não sei, não sei. A renúncia é um ato individual".

DECISÃO. Ao afastar Aécio Neves (PSDB-MG) do exercício das funções parlamentares ou "de qualquer outra função pública", o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), impôs outras duas medidas cautelares ao tucano: a proibição de contatar qualquer outro investigado ou réu no conjunto de fatos revelados na delação da JBS; e a proibição de se ausentar do País, devendo entregar seu passaporte.

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A decisão do ministro Edson Fachin não será levada a votação no plenário do Supremo nesta quinta-feira. Ao rejeitar o pedido de prisão do senador, Fachin disse que apenas um "eventual recurso" poderá ser incluído em pauta para análise do pleno "no tempo mais breve possível".

Indagado sobre a decisão de Fachin, Marco Aurélio disse que o "afastamento de um parlamentar eleito pelo povo é algo excepcional". "E eu diria excepcionalíssimo", completou Marco Aurélio.

Para Marco Aurélio, não há necessidade de o plenário do STF referendar a decisão de Fachin. "Não há necessidade do referendo em si. O relator ele pratica os atos e possíveis incomodados podem questionar esses atos", comentou Marco Aurélio. (Rafael Moraes Moura, Breno Pires e Beatriz Bulla)

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