Os R$ 51 milhões apreendidos pela Polícia Federal estavam no apartamento 201 do edifício residencial José da Silva Azi, em Salvador. O bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima fica no bairro da Graça, na capital baiana.
A Polícia Federal usou sete máquinas para contar os R$ 51 milhões apreendidos no bunker. A conferência da dinheirama atribuída a Geddel levou 14 horas para terminar - atravessou praticamente toda a terça-feira, 5, e invadiu o início da madrugada desta quarta-feira, 6.
Foram apreendidos incríveis R$ 51 milhões - R$ 42.643.500,00 e US$ 2.688.000,00. O dinheiro será depositado em uma conta judicial. É a maior apreensão de dinheiro vivo no País.
O valor em dólar foi convertido para real e chegou a R$ 8.387.366,40. Foi usada a cotação de venda desta segunda pelo Bacen - 1 dólar = 3,1203 reais.
O dinheiro foi apreendido pela Polícia Federal na manhã desta terça na Operação Tesouro Perdido, nova fase da Cui Bonno?. A ação fez buscas em um imóvel em Salvador e foi autorizada pela 10.ª Vara Federal de Brasília.
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Em depoimento à Procuradoria da República em Brasília, Funaro disse ter entregue 'malas ou sacolas de dinheiro' ao ex-ministro. O corretor declarou ter feito 'várias viagens em seu avião ou em voos fretados, para entregar malas de dinheiro para Geddel Vieira Lima'.
A Tesouro Perdido mirou no local apontado como bunker do ex-ministro Geddel Vieira Lima. O apartamento seria usado para armazenagem de dinheiro em espécie.
Ao autorizar a operação, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira afirmou que Geddel 'estava fazendo uso velado do aludido apartamento, que não lhe pertence, mas a terceiros, para guardar objetos/documentos (fumus boni iuris), o que, em face das circunstâncias que envolvem os fatos investigados (vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos), precisa ser apurado com urgência'.