Em depoimento prestado no mês passado à Polícia Federal, o ex-gerente de Relações Institucionais da Camargo Corrêa Gustavo da Costa Marques afirmou ter omitido informações da Operação Lava Jato para seguir "versão estabelecida" pela empreiteira. Ao retificar as declarações, o executivo disse ter escondido dos investigadores a participação de um empresário, apontado como operador do PMDB, no esquema de corrupção nas obras da usina de Belo Monte. Além disso, acrescentou ter pago propina em dinheiro vivo ao senador peemedebista Edison Lobão (MA), que na época era ministro de Minas e Energia do governo Dilma Rousseff.
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Segundo Costa Marques, durante encontro na residência de Lobão, em Brasília, o então ministro lhe disse sobre um 'compromisso' da Camargo Corrêa. Tal 'compromisso', segundo o executivo, se referia ao pagamento de quantias que oscilavam entre R$ 1 milhão e R$ 2 milhões.