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Quero mudar o Brasil, não quero me mudar do Brasil, diz Cármen

Presidente do Supremo Tribunal Federal participa de fórum em São Paulo

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Por Julia Affonso , Altamiro Silva Junior (Broadcast) e Marcelo Osakabe
Atualização:

Cármen Lúcia. Foto: Felipe Rau/Estadão

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia foi taxativa nesta terça-feira, 15, durante evento em São Paulo. "Quero mudar o Brasil, não quero me mudar do Brasil."

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Cármen participa do Fórum Mitos & Fatos, da rádio Jovem Pan. A ministra faz palestra sobre Ética, Direito e Democracia.

"Este Brasil, nas condições que está, precisa de ser mudado. Precisa de ser outro Brasil, Brasil que está previsto, por exemplo, desde o preâmbulo da Constituição brasileira. Um Brasil no qual a solidariedade, a fraternidade e as liberdades sejam devidamente respeitadas, o que não vem acontecendo."

Cármen Lúcia, afirmou durante palestra que a ética é a única forma de viver sem o caos e declarou que gosta e confia no Brasil, mas não da forma que o País está no momento. "Quero mudar o Brasil para ele ser o que está na Constituição."

A ministra Cármen Lúcia disse que não concorda com a visão de que é possível viver sem a política. O importante é mudar a forma como se faz política hoje no Brasil.

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O judiciário, afirmou a presidente do STF, não pode ter corrupção. "A corrupção corrói as instituições e deteriora a economia", disse a ministra, ressaltando que esta prática é crime e precisa ser combatida. Cármen Lúcia defendeu que o Brasil tem capacidade de fazer boas leis, que chegam a ser imitadas por outros países, mas a dificuldade é o cumprimento destas normas.

"Precisamos dar resposta coerente ao que a sociedade espera do judiciário", disse ela. A ministra afirmou não querer ver o paradoxo de o direito impor penas e os acusados escaparem ilesos ou ainda de impor moralidade e ver os direitos sendo atropelados.

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