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'Que a renúncia não seja estratégia para driblar cassação', diz OAB

Cláudio Lamachia, presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, afirma que saída do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) da Presidência da Câmara 'não pode significar o fim do processo ético'

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Por Julia Affonso , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

O ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Foto: André Dusek/Estadão

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Cláudio Lamachia disse nesta quinta-feira, 8, esperar que a renúncia do deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) à Presidência da Câmara 'não seja mais uma estratégia para driblar sua cassação'.

Para Lamachia, o País esperava 'há muito tempo (pela saída do peemedebista), pois era evidente sua falta de legitimidade para continuar no cargo'.

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"A renúncia do deputado Eduardo Cunha à Presidência da Câmara diminui as incertezas sobre a condução dos trabalhos legislativos e abre caminho para os deputados reorganizarem a Casa", considera Lamachia.

A Câmara vive uma turbulência sem igual desde que o peemedebista caiu na malha fina da Operação Lava Jato. Os trabalhos estão praticamente paralisados desde que Waldir Maranhão (PP/MA) assumiu interinamente a cadeira de Eduardo Cunha, afastado por ordem do Supremo Tribunal Federal.

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O presidente da OAB entende que a renúncia 'não pode significar o fim do processo ético contra Eduardo Cunha, em curso na Câmara. O processo pode resultar na inelegibilidade do parlamentar, sob suspeita da Procuradoria-Geral da República que lhe atribui corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Na Câmara que presidiu durante um ano e cinco meses, Cunha sofre processo de cassação. "Espero que essa renúncia não seja mais um artifício para driblar a cassação", disse Lamachia.

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