A força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal do Paraná informou nesta segunda-feira, 26, que vai recorrer da sentença do juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, que condenou o ex-ministro Antônio Palocci a 12 anos e dois meses de reclusão por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria da República, o recurso já está sendo preparado pela força-tarefa que pedirá ao Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4) o aumento das penas impostas a Palocci e também ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, este pelo crime de corrupção.
A Lava Jato vai pedir ao TRF4 que também reveja a absolvição de Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, e o benefício concedido ao ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque, por ter confessado o crime.
Em nota, a Procuradoria ressaltou 'a importância dessa condenação (a primeira de Palocci na Lava Jato), que demonstra a possibilidade de se conjugar eficiência e agilidade da prestação jurisdicional com a garantia de todos os direitos do acusado'.
"Além disso, essa sentença reafirma o compromisso da Operação Lava Jato de trazer à Justiça todos os investigados por corrupção cuja responsabilidade seja demonstrada, independentemente de partido ou ideologia."
COM A PALAVRA, O CRIMINALISTA JOSÉ ROBERTO BATOCHIO, DEFENSOR DE BRANI KONTIK
"Embora se tenha adotado uma postura crítica em relação aos métodos usados na tramitação da Operação Lava Jato na 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, em reconhecimento da verdade há que se dizer que o magistrado, no caso da absolvição de Brani, decidiu acertadamente e com elevado senso de Justiça."