Por Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo
O Ministério Público Federal já entrou com um recurso para aumentar a pena do ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Ele foi condenado pela Justiça Federal nesta terça-feira, 26, a 5 anos de prisão em regime inicial fechado por lavagem de dinheiro. A Procuradoria quer também a interdição de Cerveró para o exercício de cargo ou função pública nas esferas públicas e privadas.
Documento
VEJA A ÍNTEGRA DO RECURSOA sentença original não aplica nenhum tipo de interdição, mas os procuradores solicitam que, como efeito secundário da condenação pelo crime de lavagem de dinheiro, a Cerveró seja impedido o "exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza e de diretor, de membro de conselho de administração ou de gerência das pessoas jurídicas referidas no artigo 9º (*)", pelo dobro do tempo da pena aplicada."
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Esta é a primeira condenação de Nestor Cerveró, no âmbito de Lava Jato. Para ocultar "a origem e natureza criminosa dos valores envolvidos na aquisição, bem como o real titular dos valores e do imóvel", Nestor Cerveró constituiu, de acordo com a denúncia da força tarefa da Lava Jato, em 12 de abril de 2007, a empresa Jolmey Sociedad Anonima no Uruguai.
Em 7 de novembro de 2008, o ex-diretor da estatal montou uma subsidiária da Jolmey no Brasil, a Jolmey do Brasil Administradora de Bens Ltda. O capital da empresa brasileira foi constituído por investimento direto da Jolmey, ingressando cerca de R$ 2,6 milhões do exterior. Desse total, R$ 1,53 milhão foram utilizados para aquisição do imóvel e o restante para reforma do imóvel e pagamentos de tributos e honorários advocatícios.
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