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Procuradoria quer prisão preventiva de Ronan Maria Pinto e Silvio Pereira

Força-tarefa da Lava Jato requereu ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal do filho de Ronan Maria Pinto, Danilo Regis Fernando Pinto entre 2010 e 2016

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Por Ricardo Brandt e Julia Affonso
Atualização:

Ronan Maria Pinto. Foto: Beto Barata/AE

A Procuradoria da República pediu em manifestação ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações da Operação Lava Jato, a prisão preventiva do empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André (SP), e do ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. Os dois foram presos temporariamente - por 5 dias - na Operação Carbono 14, etapa 27 da Lava Jato, na sexta-feira, 1. As custódias vencem hoje.

Os investigadores apuram por que Ronan Maria Pinto teria sido destinatário final de R$ 6 milhões de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões do Banco Schahin ao pecuarista José Carlos Bumlai, em outubro de 2004.

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A força-tarefa da operação requereu ainda a quebra de sigilo bancário e fiscal do filho de Ronan Maria Pinto, Danilo Regis Fernando Pinto entre 2010 e 2016, 'a fim de analisar quais offshores estão declaradas'.

"Num primeiro momento, a quebra bancária deverá ser restrita à declaração ao Banco Central da existência e remessa de capitais ao exterior, enquanto a quebra fiscal deverá abranger as DIRFs dos últimos cinco anos. Caso a medida seja deferida, o MPF se encarregará da expedição dos ofícios", informa o documento.

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O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira. Foto: Jamil Bittar/Reuters

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Os procuradores da Lava Jato pediram a Moro, caso a custódia não seja convertida para preventiva, a prorrogação da prisão temporária de Ronan Maria Pinto 'para imprescindibilidade das investigações', até o resultado da quebra fiscal de Danilo Regis Fernando Pinto.

Segundo o Ministério Público Federal, Ronan Maria Pinto, em depoimento à Polícia Federal, sustentou 'a fantasiosa versão' de que recebeu os R$ 6 milhões 'em razão de um empréstimo concedido pela Via Invest, de Luiz Carlos Casante, cujos recursos foram disponibilizados pela Renar, de Oswaldo Vieira Filho.

"Sustentou ainda que pagou parcialmente o mútuo por intermédio de pagamento de dinheiro em espécie diretamente a Oswaldo Vieira Filho que, mesmo residindo no Rio de Janeiro, preferia se deslocar até Santo André para recebimento em espécie dos recursos que, de acordo com Ronan Maria Pinto, teriam origem das receitas diretas recebidas da atividade de exploração de transporte rodoviário no município do ABC paulista", apontou a Procuradoria.

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