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Procuradoria lança #SalveoBoto, em defesa do boto-cinza

Campanha busca conscientizar população e cobrar autoridades para garantir proteção ao pequeno cetáceo, sob risco de extinção na Baia de Sepetiba, no Rio

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Por Julia Affonso
Atualização:

A campanha vai ocorrer durante ação de canoagem para a retirada do lixo do mar, uma das formas de morte do pequeno cetáceo.

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O evento terá início às 8h30, na praia do Bonfim, em Angra (Saiba mais em www.salveoboto.mpf.mp.br)

A programação contará com a presença da canoísta Cármen Lúcia da Silva, do Comitê da Confederação Brasileira de Canoagem.

Os atletas sairão rumo à praia da Bica para recolher o lixo jogado no mar e trazido até a praia pela maré. "O lixo prejudica o ecossistema do boto-cinza, deixando-o subnutrido. O tamanho dos botos-cinza vem diminuindo substancialmente, se comparado a outras épocas. Isso se deve não somente à diminuição do estoque pesqueiro, mas também à poluição. A saúde do boto-cinza é um dos indicadores da saúde dos locais onde vivem", ressalta a procuradora da República Monique Cheker.

O boto-cinza atua como um sentinela da poluição. Os poluentes afetam os sistema biológico do boto e comprometem a imunidade e o sistema reprodutivo. Além de não conseguir se reproduzir, ele morre de doenças.

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A campanha - Tendo como alvo o público das redes sociais, o objetivo da mobilização é replicar a mensagem #SalveoBoto e dar visibilidade ao tema, conscientizado a população para o risco de extinção do golfinho.

De 18 de setembro a 8 de outubro, os canais de comunicação oficiais do Ministério Público Federal divulgarão posts, vídeos e matérias sobre o assunto, estimulando o uso da hashtag que dá nome à campanha, realizada em parceria com a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e o Instituto Boto Cinza.

O boto-cinza é um dos menores golfinhos existentes no Brasil e pode ser encontrado desde o Amapá até Santa Catarina. A espécie está ameaçada de extinção e, na Baía de Sepetiba, pode desaparecer em menos de dez anos.

"Na campanha, o boto-cinza é representado pelo mascote Acerola, um carismático boto que gosta de surfar, e nadar com sua família pelas águas da baía", diz texto divulgado pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.

Acerola é uma homenagem ao boto-cinza encontrado morto em junho de 2016 na Baía de Guanabara. Monitorado por cientistas desde seu nascimento, Acerola morreu, provavelmente, afogado por uma rede de emalhe, uma das principais causas de morte do boto-cinza. As redes de emalhar são um instrumento de pesca passiva em que os peixes ou crustáceos ficam presos em suas malhas devido ao seu próprio movimento.

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Saiba mais em www.salveoboto.mpf.mp.br

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