Uma força-tarefa de subprocuradores gerais da República passará a atuar exclusivamente nos processos da Operação Lava Jato que estão sob o crivo do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Conselho Superior do Ministério Público Federal, presidido pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aprovou nesta sexta-feira, 4, cinco nomes - subprocuradores-gerais que darão prioridade às ações na Corte que envolvem as investigações do esquema de corrupção na Petrobrás.
O STJ detém competência, por exemplo, para processar governadores. Em delação premiada, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobtrás Paulo Roberto Costa (Abastecimento) citaram deputados, senadores, ex-parlamentares e também governadores como supostos beneficiários do esquema de propinas que se instalou na estatal entre 2004 e 2014.
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A proposta é da câmara de combate à corrupção do Ministério Público Federal (MPF). A força-tarefa foi criada para dar mais agilidade e tratamento uniforme às ações judiciais e processos correlatos que tramitam no STJ. O grupo ajudará a desafogar o trabalho, que estava concentrado com Ela Wiecko, a vice-procuradora geral da República.
Os subprocuradores nomeados são Francisco de Assis Vieira Sanseverino, José Adônis Callou de Araújo Sá - que já estavam trabalhando com os processos da Lava Jato -, Maria Hilda Marsiaj Pinto, Mario José Gizi e Áurea Maria Etelvina Pierre.
Esse é o terceiro grupo do Ministério Público Federal PF destinado a investigar o caso. Atua também na Lava Jato uma força-tarefa de procuradores da República na primeira instância da Justiça Federal do Paraná. Composto por doze integrantes, o grupo foi designado em abril de 2014 por Janot. Para auxiliar o procurador-geral da República nas ações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) também há um grupo de trabalho formado por membros da instituição e que foi instituído em janeiro.