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Procuradores atacam 'falsa reforma política' e 'saco sem fundo dos partidos'

Carlos Fernando e Deltan Dallagnol divulgam vídeo em rede social para conclamar as pessoas a 'dizerem não' ao projeto que será votado na Câmara e cria 'distritão' e o fundo público de R$ 3,6 bi para campanhas

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Por Ricardo Brandt e Luiz Vassallo
Atualização:
 

Os procuradores da República Carlos Fernando dos Santos Lima e Deltan Dallagnol, da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, atacaram o "falsa reforma política" e conclamaram as pessoas a "dizeram não" à tentativa de "velhos políticos se agarrarem ao Poder".

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A análise sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que instituiu o chamado distritão e a criação do fundo público de R$ 3,6 bilhões para financiamento da campanha, terminou ontem e o texto agora está pronto para ir à votação no plenário.

"Vamos dizer não a essa falsa reforma política que nos prende ao passado."

Duas principais faces públicas da Lava Jato, em Curitiba, Carlos Fernando e Dallagnol gravaram um vídeo, postado em seus perfis no Facebook.

"Amanhã, 16 de agosto, a Câmara dos Deputados pretente aprovar uma falsa reforma política. Não podemos permitir isso. Eles pretendem tirar dinheiro do seu bolso, três ponto seis bilhões (R$ 3,6 bilhões) para colocar no saco sem fundo dos partidos políticos", afirma Carlos Fernando, procurador Regional da República.

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https://www.facebook.com/carlos.fernando.s.lima/videos/1254378678024950/

"Eles não pretendem campamnhas mais baratas, eles querem o distritão, onde velhos caciques vão se reelegendo, reelegendo eternamente. Nós precisamos mudar."

Coordenador da equipe da Lava Jato, que iniciou o escândalo Petrobrás, Dallagnol afirmou que "a velha política, aqueles políticos que você está cansado, querem se agaarrar ao poder".

"Eles estão usando duas estratégias: primeiro ampliar o fundo partidário, o dinheiro que sai do seu bolso para a política, de R$ 700 milhões para R$ 3,6 bilhões. Esse dinheiro vai ficar na mão dos caciques partidários, que vão distribuir para aqueles mesmos velhos conhecidos políticos, muitos deles corruptos, para ajudar a chance deles se reelegerem."

Segundo ele, o distritão previsto na refiorma farão as campanhas ficarem mais caras e ajudarão a aumentar as chances de reeleição.

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"E por que estão querendo se agarrar tanto aos seus cargos? Vejam que um terço de parlamentares são objeto de investigação no Supremo Tribunal Federal. Para muitos deles, perder o mandato significa perder o foro privilegiado e, com isso, ter um grande risco de ir para a cadeia", diz Dallagnol.

 

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