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Procuradora defende '10 Medidas' nos EUA

Thaméa Danelon afirma que a Câmara dos Deputados deve representar os mais de 2 milhões de cidadãos que subscreveram as medidas e aprová-las na integralidade e de forma célere

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Por Julia Affonso
Atualização:

 

A procuradora da República Thaméa Danelon, do Ministério Público Federal, em São Paulo, defendeu o projeto das '10 Medidas contra a Corrupção', em conferência nos Estados Unidos. Thaméa Danelon representou a Secretaria de Cooperação Internacional (SCI) em evento sobre combate à corrupção em Washington.

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"Precisamos que as medidas sejam aprovadas para que a sociedade, maior vítima do dinheiro subtraído dos cofres públicos, não seja penalizada, e os corruptos beneficiados", destacou.

As informações foram divulgadas pela Assessoria de Comunicação da Procuradoria-Geral da República.

Para a procuradora, a Câmara dos Deputados deve representar os mais de 2 milhões de cidadãos que subscreveram as medidas e aprová-las na integralidade e de forma célere.

A votação do projeto anticorrupção, na Câmara, tem gerado polêmica, porque deputados tentam incluir perdão ao caixa 2 e punição a juízes e procuradores por crime de responsabilidade na proposta. As duas matérias são alvo de críticas de membros do Ministério Público, que tem pressionado a relatoria do projeto para retirá-los.

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O projeto das '10 Medidas contra a Corrupção' teve 2,5 milhões de assinaturas colhidas em todo o País. Entre as propostas estão a criminalização do caixa 2 e do enriquecimento ilícito de agentes públicos, aumento de penas para corrupção de altos valores, reforma do sistema de prescrição penal, entre outros.

Durante o evento nos Estados Unidos, a procuradora falou sobre a importância das propostas para combater a impunidade no Brasil, sobretudo nos casos de crime do colarinho branco.

Thaméa Danelon lembrou que a força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, desde que teve início, já fez 52 acusações criminais contra 245 pessoas, por crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de dinheiro, entre outros, sendo que em 23 casos já houve sentença. Já foram repatriados R$ 745,1 milhões e réus já tiveram R$ 2,4 bilhões em bens bloqueados.

A Conferência sobre Suborno e Corrupção Internacional foi organizada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, o FBI e a Comissão de Valores Mobiliários.

O evento em Washington reuniu autoridades e especialistas de 35 países para tratar sobre técnicas de investigação, regulação e aprimoramento legal para o combate à corrupção internacional. Programas de compliance, técnicas de investigação de empresas, cooperação internacional e combate à lavagem de dinheiro foram alguns dos temas debatidos.

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