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Procurador diz que dinheiro da Decantação bancava coquetéis no Palácio das Esmeraldas

Mário Lúcio Avelar, que integra força-tarefa da investigação sobre desvios de recursos da Companhia de Saneamento de Goiás, afirma que recursos ilícitos também eram destinados a partidos políticos; presidente estadual do PSDB de Goiás foi preso

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Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

Afrêni Gonçalves. Foto: PSDB

O procurador da República Mário Lúcio Avelar afirmou nesta quarta-feira, 24, que dinheiro da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago) 'era usado até para bancar coquetéis no Palácio das Esmeraldas' - sede do Executivo estadual.

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O governador de Goiás é o tucano Marconi Perillo. O presidente estadual do partido de Perillo, Afreni Gonçalves, foi preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira, 24. Gonçalves é diretor de Expansão da Saneago.

Os recursos ilícitos, disse o procurador Avelar, também eram destinados ao financiamento de partidos políticos e pagamento de dívidas de campanha, segundo informou o jornal O Popular.

O procurador integra a força-tarefa da Operação Decantação - investigação sobre desvios de recursos públicos federais oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do BNDES e da Caixa.

A PF prendeu, além do presidente estadual do PSDB em Goiás, o presidente da Saneago, José Taveira Rocha.

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Segundo o procurador, para obter contratos com a Saneago empreiteiras pagavam propinas.

"A má gestão ficou caracterizada pela inexecução de obras iniciadas em 2007, mas que até agora não foram concluídas", disse o procurador, que integra a força-tarefa da Operação Decantação.

Em nota, o governo de Goiás informou que 'está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos'. O governo estadual destacou que acredita na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago.

"Os procedimentos licitatórios realizados pelos órgãos, autarquias e empresas da administração estadual são pautados pela legalidade e pela transparência", diz a nota. "O Governo de Goiás acredita na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago e tem a plena certeza de que os fatos apresentados serão plenamente esclarecidos."

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