Atualizada às 19h31
Tropas da Polícia Militar dispersaram na tarde desta quarta-feira, 1, em São Paulo, a golpes de cassetete e bombas de gás manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto que protestavam contra o presidente em exercício Michel Temer (PMDB). Um grupo chegou a invadir o prédio onde fica o escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista. Seis manifestantes foram detidos. Dois manifestantes detidos foram levados para o hospital.
Os deputados estaduais João Paulo Rillo, Alencar Santana e Beth Sahão, todos do PT de São Paulo, acompanham o caso na 78ª delegacia.
Por volta de 16h30, soldados da PM chegaram ao local e teve início o conflito.
Antes de entrarem no edifício, os integrantes do MTST faziam um ato contra Michel Temer na Avenida Paulista, região central da capital paulista.
Segundo Guilherme Boulos, coordenador do MTST, a manifestação é contra o 'cancelamento' do programa que era vitrine do governo Dilma Rousseff (PT), afastada em maio pelo Senado.
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Os manifestantes, disse Boulos, estão no térreo do prédio da Presidência e na calçada em frente. Manifestantes picharam 'Fora Temer' e as letras 'MTST' em vermelho nas paredes do edifício.
"Vamos permanecer no prédio por tempo indeterminado e já estamos montando acampamento aqui na Paulista, em frente a Presidência", declarou Guilherme Boulos. "A Polícia está por aqui, mas não houve conflito até porque é muita gente. Vamos ficar até que o governo do seo Michel Temer retome as contratações do Programa Minha Casa Minha Vida e retome a seleção de onze mil moradias canceladas na primeira semana de sua gestão pelo Ministério das Cidades."
COM A PALAVRA, A SECRETARIA DE SEGURANÇA DE SÃO PAULO
A SSP informa que a Polícia Militar acompanhou a manifestação do MTST na tarde desta terça-feira (1º), na avenida Paulista. Quando chegaram no escritório da Presidência da República, os manifestantes tentaram invadir o prédio. Por isso, foi necessária intervenção policial para impedir a ação. Os manifestantes não atenderam às ordens policiais e reagiram. Foram detidas seis pessoas por dano, desacato e periclitação da vida. Além disso, um policial foi ferido por manifestantes. Uma agência bancária e uma estação do Metrô foram danificadas, além de um supedâneo (cabine elevada) utilizado pela Polícia Militar para a segurança da Avenida Paulista, que foi destruído por manifestantes.