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'Poderosos encontrarão resposta na Justiça', diz Moro sobre prisão em segundo grau

Juiz símbolo da Lava Jato foi o mentor da iniciativa pela reclusão de condenados antes do esgotamento de todos os recursos e instâncias

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Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

Sérgio Moro. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

O juiz Sérgio Moro, símbolo da Operação Lava Jato, disse nesta quinta-feira, 6, que 'crimes cometidos por poderosos encontrarão uma resposta na Justiça criminal'.

Moro se refere ao julgamento histórico desta quarta, 5, no Supremo Tribunal Federal.

Por seis votos contra cinco, os ministros decidiram que condenados em segunda instância judicial já podem ir para a cadeia.

O julgamento estava empatado em cinco a cinco. Coube à presidente da Corte, Cármen Lúcia, o desempate.

Ela votou pela execução de pena de prisão já quando houver decisão de colegiado - Tribunais de Justiça e Tribunais Regionais Federais.

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Os condenados poderão continuar na trilha dos recursos sem fim, mas na prisão.

Em 2015, Moro capitaneou com a Associação dos Juízes Federais uma ofensiva pelo cumprimento de pena de prisão em segundo grau.

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A reação foi imediata - juristas e advogados criminais fecharam um cerco sem tréguas ao juiz da Lava Jato.

Na avaliação de Moro, o Supremo decidiu que o País 'não é uma sociedade de castas'.

"Com o julgamento de ontem, o Supremo, com respeito à minoria vencida, decidiu que não somos uma sociedade de castas e que mesmo crimes cometidos por poderosos encontrarão uma resposta na Justiça criminal", declarou o juiz, condutor das ações penais que culminaram com a prisão de políticos, empreiteiros, doleiros e ex-dirigentes da Petrobrás, foco do maior esquema de corrupção já descoberto no País.

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"Somos uma democracia, afinal", concluiu.

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