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Pivô da crise da delação da JBS nega ter sido 'braço direito' de Janot

O advogado Marcelo Miller negou, nesta quarta-feira, 6, o recebimento de 'vantagem pessoal' da J&F e reafirmou que o áudio entregue pelos delatores, na última quinta-feira, 31, tem 'conteúdo fantasioso'

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Foto do author Luiz Vassallo
Por Vera Rosa e Luiz Vassallo
Atualização:

Marcelo Paranhos de Oliveira Miller. Foto: Alex Lanza / MPMG

O advogado Marcelo Miller negou, nesta quarta-feira, 6, o recebimento de 'vantagem pessoal' da J&F e reafirmou que o áudio entregue pelos delatores, na última quinta-feira, 31, tem 'conteúdo fantasioso'.

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Marcelo é o pivô da investigação que pode culminar com a rescisão da delação da JBS, embasada em áudio enviado pela defesa dos colaboradores em anexo complementar sobre o senador Ciro nogueira (PP). Ele integrou a força-tarefa da Operação Lava Jato e atuou nas delações do ex-senador Delcídio do Amaral e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Após deixar o Ministério Público Federal, ele passou a integrar o escritório de advocacia Trench, Rossi e Watanabe, e integrou o time de advogados que negociaram o acordo de leniência da J&F.

No áudio dos delatores, alvo de investigação, ele é mencionado por Joesley como um procurador da República que estaria atuando em benefício do grupo.

"Não é que não tem. Nós vamos, eu já falei pro Francisco: tem que resolver isso,nós vamos ajeitar. Fernandinha, você vai ajeitar o Marcelo, que nós já estamos ajeitando. Nós vamos conhecer o Janot, nós vamos conhecer não sei quem, e quem precisa do que?", afirmou o empresário.

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Em nota, Marcelo afirma que 'não cometeu qualquer crime ou ato de improbidade administrativa' e nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal'.

O advogado ainda afirma que 'não mantém relações pessoais e jamais foi "braço direito" do procurador-geral'.

"Desde julho de 2016, estava afastado do grupo de trabalho da Lava Jato e das atividades da PGR, atuando efetivamente na Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro. Nesse período, também não acessou nenhum arquivo ou documento da Operação Lava Jato", defendeu.

O ex-procurador ainda diz que 'lamenta e repudia o conteúdo fantasioso das menções a seu nome nas gravações divulgadas na imprensa'.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DE MARCELO MILLER

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1. Não cometeu qualquer crime ou ato de improbidade administrativa. 2. Não recebeu dinheiro ou vantagem pessoal da J&F ou de qualquer outra empresa. 3. Nunca atuou como intermediário entre o grupo J&F e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ou qualquer outro membro do Ministério Público Federal. 4. Não mantém relações pessoais e jamais foi "braço direito" do procurador-geral. 5. Não manteve qualquer comunicação com o procurador-geral desde outubro de 2016, com exceção do dia 23 de fevereiro de 2017, quando esteve na PGR para pedir a exoneração do cargo. 6. Nunca fez parte da força-tarefa da Operação Greenfield, no âmbito da qual foi celebrado o acordo de leniência da J&F. 7. Também não teve acesso a qualquer documento ou informação sobre a Operacão Greenfield. 8. Desde julho de 2016, estava afastado do grupo de trabalho da Lava Jato e das atividades da PGR, atuando efetivamente na Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro. Nesse período, também não acessou nenhum arquivo ou documento da Operação Lava Jato. 9. Lamenta e repudia o conteúdo fantasioso das menções a seu nome nas gravações divulgadas na imprensa.

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