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PF usa até caminhão para levar documentos de licitações fraudadas

Balanço da Operação Fidúcia, contra desvios de recursos da saúde em Curitiba, mostra apreensão de veículos de luxo e arquivos de associação criminosa

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Por Redação
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 Foto: Estadão

Por Fausto Macedo e Julia Affonso

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A Polícia Federal divulgou balanço da Operação Fidúcia, deflagrada em Curitiba (PR) nesta terça-feira, 12, contra associação criminosa que fraudava licitações e desviava recursos públicos recebidos por meio de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs). A operação, desencadeada em conjunto com a Controladoria Geral da União, revela desvios de cerca de R$ 70 milhões.

Segundo a PF, foram apreendidos uma moto e um carro de luxo, um jet-ski com a carreta, computadores e notebooks, além de duas armas de fogo (uma carabina .44 e uma pistola .380) e grande quantidade de documentos. A PF teve de usar até um caminhão.

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Dos 11 mandados de condução coercitiva, apenas um não foi cumprido. Dos três mandados de prisão temporária, todos foram cumpridos.

As investigações tiveram início em 2011 e apontam indícios de que o grupo sob suspeita desviava dinheiro recebido em razão de termos de parcerias firmados com diversos Municípios do Estado do Paraná desde o ano 2005, em especial para atuação em programas na área de Saúde.

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Segundo a PF, os recursos públicos recebidos eram desviados mediante "diversas condutas, dentre elas a não comprovação de aplicação de taxa de administração, a prestação irregular de contas, pagamentos irregulares a empresas de dirigentes das OSCIPs, pagamentos efetuados para empresas de fachada e saques de altos valores em espécie. Também foram colhidos indícios de fraude em processo de licitação.

A operação mobilizou 70 policiais federais e 6 servidores da Controladoria Geral da União e se estendeu aos municípios paranaenses de Curitiba, Piraquara, Campina Grande do Sul, Marechal Cândido Rondon e Francisco Alves.

Todos os mandados foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba (PR). A estimativa é que o desvio gire em torno de R$ 70 milhões.

Os envolvidos foram indiciados pelos crimes de associação criminosa, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e violação à Lei de Licitações.

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