O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, presidente afastado da Andrade Gutierrez, voltou para a prisão em regime fechado. Por ordem do juiz federal do Rio Marcelo Bretas, a Polícia Federal prendeu o executivo nesta quarta-feira, 10, às 17 horas em sua residência em São Paulo.
O juiz considerou que deveria ter se pronunciado acerca da prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica a que Azevedo estava submetido desde sexta-feira, 5, por decisão de um colega dele, o juiz federal da Operação Lava Jato Sérgio Moro.
Por ter fechado acordo de delação premiada, o executivo da Andrade Gutierrez obteve a domiciliar.
Contra Otávio Marques de Azevedo, porém, pesam duas ordens de prisão. Uma em Curitiba, base da Lava Jato, e outra no Rio.
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Em Curitiba, sob responsabilidade de Sérgio Moro, corre ação sobre esquema de propinas na Petrobrás.
No Rio, sob responsabilidade do juiz Marcelo Bretas, tramita ação sobre esquema de propinas na Eletronuclear envolvendo seu ex-presidente, o almirante Othon Pinheiro, em propinas na construção da usina Angra 3.
A delação premiada de Otávio Azevedo foi firmada no âmbito da Lava Jato em Curitiba, onde o juiz Moro autorizou a remoção do empreiteiro para o regime domiciliar, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica, na sexta, 5.
Azevedo foi preso pela primeira vez no dia 19 de junho de 2015, na Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava Jato que pegou os maiores empreiteiros do País - no mesmo dia, a Lava Jato capturou Marcelo Odebrecht.
O juiz federal do Rio, no entanto, considerou que tem que se pronunciar sobre a medida porque contra Otávio Azevedo há mandado de prisão nos autos sob sua guarda.