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PF não pede prorrogação da prisão do diretor da Polícia do Senado

Pedro Carvalho, preso na Operação Métis e suspeito de mandar fazer varreduras ilegais em residências e gabinetes de senadores e ex-senadores contra a Lava Jato, foi solto

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Por Fausto Macedo , Julia Affonso e Mateus Coutinho
Atualização:

PF ao cumprir mandados no Senado na sexta-feira, 21. Foto: Jorge William/Ag. O Globo

A Polícia Federal informou na noite desta terça-feira, 25, que não vai pedir a prorrogação da prisão do diretor da Polícia do Senado, Pedro Carvalho. O chefe da polícia legislativa foi preso temporariamente na Operação Métis na sexta-feira, 22, sob suspeita de mandar fazer varreduras ilegais em residências e gabinetes de senadores e ex senadores contra a Lava Jato. Pedro Carvalho foi solto.

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Outros três policiais legislativos, também capturados na Métis, haviam sido liberados no sábado, 22, após prestar depoimentos. O chefe da Polícia do Senado, no entanto, continuou sob custódia porque não havia colaborado o suficiente com os investigadores da forma como fizeram os outros presos.

A Polícia do Senado é a entidade encarregada de manter a ordem e a segurança dentro do prédio do Congresso.

Os senadores Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) e os ex-senadores Edison Lobão Filho (PMDB-MA) e José Sarney (PMDB-AP) teriam sido beneficiados pelas varreduras do grupo de policiais legislativos.

A Operação Métis provocou a ira do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O peemedebista chamou de 'juizeco' o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília. Vallisney autorizou a deflagração da Operação Métis, da Polícia Federal, contra policiais legislativos que teriam realizado varreduras ilegais em gabinetes e residências de senadores e ex-senadores para embaraçar a Operação Lava Jato. Renan classificou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, como 'chefe de polícia'.

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A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, reagiu as declarações de Renan Calheiros, nesta terça. Sem citar nominalmente o presidente do Senado, a ministra pediu respeito aos juízes brasileiros. Cármen Lúcia, que é presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi categórica. "Onde um juiz for destratado, eu também sou. Qualquer um de nós juízes é."

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