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PF indicia Genu, 'um dos mentores' do esquema Petrobrás

João Carlos Genu, braço-direito do ex-deputado José Janene, morto em 2010, foi enquadrado por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro; ele está preso desde 23 de maio, na Operação Repescagem, 29ª fase da Lava Jato

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Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Julia Affonso , Ricardo Brandt e Mateus Coutinho
Atualização:

João Cláudio Genu. Foto: Estadão

A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira, 22, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Braço-direito do ex-deputado José Janene, morto em 2010, Genu está preso desde 23 de maio, na Operação Repescagem, 29ª fase da Lava Jato. A PF defende a permanência de Genu atrás das grades.

Também foram enquadrados Claudia Genu, mulher de Genu, Antônio Gontijo Rezende, cunhado do ex-assessor do PP, e Lucas Amorim. Todos por lavagem de dinheiro.

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A PF afirma que Genu integrou uma quadrilha formada pelos então deputados federais José Janene (PR), Pedro Henry (MT) e Pedro Corrêa (PE), todos do PP.

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"Após o cumprimento dos mandados de busca e de prisões, com a colheita dos termos de declarações dos investigados, foi melhor esclarecido sobre os integrantes deste subgrupo criminoso, que neste inquérito diz respeito à quadrilha formada pelos então deputados federais José Janene (PP-PR), Pedro Henry (PP-MT) e Pedro Corrêa (PP-PE)", diz o relatório da PF, subscrito pelo delegado Luciano Flores de Lima.

De acordo com o documento, a organização também era formada pelo então diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef.

Segundo a PF, João Cláudio Ganu 'fazia parte do esquema de recebimento de propinas decorrentes dos contratos que as empreiteiras fechavam com a Petrobrás', na Diretoria de Abastecimento da estatal, controlada pelo PP, desde 2004, quando o então deputado Janene indicou o engenheiro Paulo Roberto Costa para a direção da área.

A Diretoria de Abastecimento foi a precursora do vasto esquema de propinas instalado na Petrobrás durante 10 anos. A Lava Jato descobriu nos pagamentos de propinas a políticos e ex-dirigentes da estatal eram promovidos pelo doleiro Alberto Youssef.

"Cabe destacar desde já, que "JC GENU", como se identificava em alguns casos para o doleiro Alberto Youssef, era um dos mentores do esquema de desvio de verbas de contratos da Petrobrás para o Partido Progressista PP, desde a época do Mensalão, em razão do cargo que exercia naquele Partido por longos anos dentro do Parlamento brasileiro e por ser um dos principais assessores do ex-deputado Federal José Janene", sustenta a PF.

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