Foto do(a) blog

Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

PF e Controladoria atacam esquema de propinas na saúde do Amazonas e confiscam até avião

Operação Custo Político é desdobramento da Operação Maus Caminhos, que desarticulou organização que desviava recursos do SUS, e cumpre três mandados de prisão preventiva, nove de temporária, 27 de condução coercitiva, 27 de busca e apreensão e 18 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Affonso
Foto do author Fausto Macedo
Por Julia Affonso e Fausto Macedo
Atualização:

 Foto: Reprodução/Sindicato dos Delegados da Polícia Federal

A Polícia Federal, o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) e a Procuradoria da República deflagraram nesta quarta-feira, 13, a Operação Custo Político contra organização que desviava recursos da saúde no Amazonas. Segundo a Controladoria, o objetivo é apurar 'novos fatos' relativos à Operação Maus Caminhos, desencadeada em setembro de 2016, que desarticulou um grupo por fraudes e desvios de verbas do Sistema Único de Saúde (SUS) no Amazonas.

PUBLICIDADE

"Com o avanço das investigações da Operação Maus Caminhos evidenciou-se um esquema criminoso maior e mais complexo, com envolvimento de ex-secretários do governo do Amazonas", destaca a Controladoria. "Esses agentes públicos recebiam propina periodicamente da organização social para priorizar e agilizar as liberações de contratos e recursos destinados ao Fundo Estadual de Saúde."

A Operação Custo Político saiu às ruas logo cedo para cumprimento de três mandados de prisão preventiva, nove de prisão temporária, 27 de condução coercitiva, 27 de busca e apreensão, além de 18 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis - incluindo uma aeronave - , em Manaus, Brasília, São Paulo e Recife.

Seis auditores da CGU e 135 policiais federais foram mobilizados para a Custo Político. Os investigados devem responder, dentre outros crimes, por organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.

A primeira fase da operação teve início em análise da CGU sobre concentração atípica de repasses do Fundo Estadual de Saúde à organização social Instituto Novos Caminhos (INC), destaca a Controladoria.

Publicidade

De abril de 2014 a dezembro de 2015, a entidade recebeu mais de R$ 276 milhões para administrar duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Manaus e Tabatinga, e um centro de reabilitação para dependentes químicos, no município de Rio Preto da Eva.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.