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PF deflagra Cerberus contra traficantes de armas que tentavam resgatar preso

De dentro da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, o líder da organização contrabandeava armas de fogo com auxílio da namorada e de três comparsas

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Foto do author Julia Affonso
Foto do author Luiz Vassallo
Por Julia Affonso e Luiz Vassallo
Atualização:
 Foto: Estadão

A Polícia Federal, deflagrou nesta terça-feira, 13, a Operação Cerberus, contra suposta organização especializada em contrabando de armas que planejava o resgate de um presidiário.

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Segundo a PF, as investigações tiveram início em março deste ano, quando o suposto líder dos esquemas, orquestrou tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com o uso de uma pistola calibre .380. Após a primeira tentativa, o presidiário foi transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, de onde passou a contar com o apoio de sua namorada e outros três comparsas, para contrabandear armas de fogo que seriam revendidas no sudeste do país, além de orquestrar nova tentativa de fuga mediante a rendição e possível assassinato de agentes penitenciários durante escolta para consulta médica.

Aproximadamente 30 policiais federais e 20 policiais militares do choque estão cumprindo 03 Mandados de Condução Coercitiva, 01 Mandado de Prisão Preventiva e 04 Mandados de Busca e Apreensão expedidos pela 1ª Vara Criminal de Três Lagoas. Os mandados estão sendo cumpridos na cidade de Campo Grande/MS, onde o grupo planejava realizar o resgate do presidiário. A Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário do Mato Grosso do Sul e o Batalhão de choque da Polícia Militar, participam da ação ao lado da PF.

O líder da suposta organização cumpre pena pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio, enquanto ainda aguarda julgamento por novos crimes de uso de documento falso e porte ilegal de arma de fogo.

Segundo a PF, os investigados podem responder pelos crimes de formação de organização criminosa, posse e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito e fuga de pessoa presa, cujas penas somadas podem chegar a 28 anos de prisão.

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Os alvos da operação serão conduzidos para a Polícia Federal em Campo Grande/MS, onde serão ouvidos e permanecerão à disposição da Justiça Estadual.

O nome da operação, Cerberus, faz alusão à criatura responsável por impedir a fuga das almas de criminosos que tentavam escapar do inferno, segundo a mitologia grega.

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