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PF deflagra Operação Xepa, a 26ª fase da Lava Jato

Etapa é desdobramento da Acarajé, que atingiu o publicitário João Santana e a mulher e sócia Monica Moura

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Por Andreza Matais , Julia Affonso , Ricardo Brandt e Fausto Macedo
Atualização:

Polícia Federal cumpre mandados de busca na Odebrecht, em São Paulo. Foto: Felipe Rau/Estadão

Atualizada às 7h47

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira, 22, a Operação Xepa, 26ª fase da Lava Jato. Esta etapa é um desdobramento da Acarajé - termo usado pelos investigados para tratar de propina -, a 23ª etapa que atingiu o publicitário João Santana, ex-marqueteiro das campanhas eleitorais da presidente Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a mulher e sócia Monia Moura.

João Santana e Monica Moura estão presos preventivamente em Curitiba, base da Lava Jato.

Em Brasília, a PF chegou ao hotel Golden Tulip, onde moram vários políticos, às 5h40. Os agentes saíram em carro da polícia. O ex-presidente Lula está hospedado no hotel, mas não é alvo da Xepa. O local fica próximo ao Palácio da Alvorada. A presidente Dilma pedalou nesta manhã por duas vezes na frente do hotel.

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Cerca de 380 policiais federais cumprem 110 ordens judiciais nos estados de São Paulo, em Brasília, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí e na Bahia.

"Tendo em vista que, em decorrência da análise de parte do material apreendido, descortinou-se um esquema de contabilidade paralela no âmbito do Grupo Odebrecht destinado ao pagamento de vantagens indevidas a terceiros, vários deles com vínculo direto com o poder público em todas as esferas", informa nota da PF.

Segundo a Polícia Federal, o material indicou a realização de entregas de recursos em espécie a terceiros indicados por altos executivos do Grupo Odebrecht nas mais variadas áreas de atuação do conglomerado da empresa.

"Há indícios concretos de que o Grupo Odebrecht se utilizou de operadores financeiros ligados ao mercado paralelo de câmbio para a disponibilização de tais recursos", diz a PF.

Os investigados conduzidos coercitivamente serão ouvidos em suas cidades e os presos serão levados para Curitiba, base da Lava Jato.

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Os mandados estão sendo cumpridos um dia depois da Operação Polimento, 25ª etapa da Lava Jato, deflagrada em Portugal nesta segunda-feira, 21. A fase internacional pegou o empresário Raul Schmidt Felipe Junior, investigado que estava foragido desde julho de 2015.

Discriminação dos Mandados Judiciais

28 mandados de condução coercitiva

(Alvos com múltiplos endereços)

11 mandados de prisão temporária

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(Alvos com múltiplos endereços)

04 mandados de prisão preventiva

(Alvos com múltiplos endereços)

67 mandados de busca e apreensão divididos da seguinte forma:

29 - Estado de São Paulo:01 - Guarujá/SP - 01 - Guarulhos/SP - 02 - Jundiaí/SP - 01 - Valinhos/SP - 25 - São Paulo/SP

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18 - Estado do Rio de Janeiro: 01 - Angra dos Reis/SP - 17 - Rio de Janeiro

08 - Estado da Bahia: 07 - Salvador / 01 - Mata de São João

04 - Distrito Federal: 04 - Brasília

04 - Estado de Pernambuco: 04 - Recife

03 - Estado de Minas Gerais: 02 - Belo Horizonte / 01 - Nossa Fazenda

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01 - Estado do Rio Grande do Sul - 01 - Porto Alegre

COM A PALAVRA, A ODEBRECHT:

"A Odebrecht confirma que a Polícia Federal cumpriu hoje mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão em escritórios e residências de integrantes em algumas cidades no Brasil. A empresa tem prestado todo o auxílio nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários."

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