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Vaccarezza é preso na Lava Jato

Duas fases da operação foram deflagradas pela PF simultaneamente

Foto do author Fausto Macedo
Foto do author Julia Affonso
Por Fausto Macedo , Ricardo Brandt e Julia Affonso
Atualização:

Cândido Vaccarezza. 22/05/2012. Foto: DIDA SAMPAIO/AE

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira, 18, mandados das fases 43 e 44 da Operação Lava Jato. As duas etapas da investigação foram deflagradas simultaneamente.

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O ex-deputado Cândido Vaccarezza é alvo de mandado de prisão expedido pelo juiz federal Sérgio Moro. O ex-parlamentar é investigado pelo recebimento de cerca de Us$ 500 mil em propina.

Agentes cumprem 46 ordens judiciais - seis prisões temporárias, 29 buscas e apreensões e 11 conduções coercitivas em São Paulo, Santos e Rio.

As operações de hoje foram denominadas Sem Fronteiras e Abate. A investigação mira desvios de contratos de navios da Petrobrás.

Na Sem Fronteiras é investigada a relação espúria entre executivos da Petrobrás e grupo de armadores estrangeiros para obtenção de informações privilegiadas e favorecimento obtenção de contratos milionários com a empresa brasileira.

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Na Operação Abate, a ação visa desarticular grupo criminoso que era apadrinhado por ex-deputado federal, cuja influência era utilizada para a obtenção de contratos da Petrobrás com empresa estrangeira. Nesta relação criminosa, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecerão à disposição do juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO MARCELLUS FERREIRA PINTO, QUE DEFENDE CÂNDIDO VACCAREZZA

"A defesa de Cândido Vaccarezza, por meio do advogado Marcellus Ferreira Pinto, esclarece, em nota, que: Cândido Vaccarezza nunca intermediou qualquer tipo de negociação entre empresas privadas e a Petrobrás. A prisão foi decretada com base em delações contraditórias, algumas já retificadas pelos próprios delatores. A busca e apreensão excedeu os limites da decisão judicial, confiscando valores declarados no imposto de renda e objetos pertencentes a terceiros sem vínculo com a investigação. A defesa se manifestará nos autos e espera que a prisão seja revogada e as demais ilegalidades corrigidas!"

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