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Petista entra com habeas para Lula não depor 'sob ordens prévias de condução coercitiva'

Presidente do PT de Itaperuna (RJ), Ralph Lichote, protocolou medida no Tribunal Regional Federal da 4ª Região; Instituto Lula afirma que pedido 'não foi perpetrado com o conhecimento ou ciência dos advogados'

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Por Julia Affonso , Ricardo Brandt e enviado especial a Curitiba
Atualização:

Lula esteve em Brasília nesta quarta-feira, 4. Foto: Fernando Bizerra Jr/EFE

Atualizada em 10/03, às 7h21

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O presidente do PT de Itaperuna (RJ), Ralph Anzolin Lichote, entrou com um habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) em nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lichote, que é advogado, quer que Lula não deponha na ação penal em que é réu o pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, ou em qualquer processo sob 'ordens prévias de condução coercitiva'.

"O que o PT de Itaperuna pediu foi a concessão de um salvo-conduto para que Lula seja sempre ouvido como qualquer pessoa chamada a depor, sem ordens prévias de condução coercitiva, e que seja anulado o depoimento colhido sob pressão na sala da Polícia Federal do Aeroporto de Congonhas", afirmou Lichote.

Na sexta-feira, 4, Lula foi alvo de condução coercitiva na Operação Aletheia. O petista prestou depoimento por mais de 3 horas na sala da PF.

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Ralph Lichote mantém um blog na internet. Foto: Reprodução.

Lula, agora, vai falar em audiência marcada para a segunda-feira, 14. Os advogados de Bumlai pediram, ainda, os depoimentos de outras seis testemunhas, entre elas o ex-presidente da Petrobrás José Sérgio Gabrielli.

Bumlai e Lula são amigos desde 2002. A audiência será por vídeo conferência, procedimento adotado em larga escala na Lava Jato e em outros feitos judiciais para agilizar o andamento das ações penais - evita-se longos deslocamentos de testemunhas.

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O pecuarista foi preso na Operação Passe Livre, desdobramento da Lava Jato, no dia 24 de novembro de 2015, por envolvimento no empréstimo supostamente fradulento que fez de R$ 12 milhões, em outubro de 2004, junto ao Banco Schahin. O destinatário final do montante foi o PT, segundo o próprio Bumlai.

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA

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O Instituto Lula informou que o 'habeas corpus (de Ralph Lichote) não foi perpetrado com o conhecimento ou ciência dos advogados do ex-presidente'.

"É um habeas corpus de terceiros, e o Tribunal de Ofício, por saber quem são os advogados do ex-presidente, encaminhou para eles, e quando tiverem ciência do habeas corpus irão se manifestar."

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