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Pedro Corrêa 'vai passar a República a limpo', diz advogado

Clóvis Corrêa Filho, que representa ex-deputado preso pela Operação 'A Origem', nesta sexta, 10, aconselha-o a fazer delação premiada

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Por Redação
Atualização:

Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba

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O advogado Clóvis Corrêa Filho, que representa o ex-deputado Pedro Côrrea (PP-PE), disse que o aconselhou a fazer delação premiada. Corrêa foi preso nesta sexta feira, 10, sob suspeita de ligação com esquema de propinas na Petrobrás.

Segundo o decreto de prisão, subscrito pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-deputado recebeu valores ilícitos do doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, mesmo quando estava sob julgamento no Supremo Tribunal Federal no processo do Mensalão.

Pedro Corrêa. Foto: Celso Junior/AE

Condenado no Mensalão, Pedro Corrêa cumpre pena na penitenciária de Canhotinho, a 210 quilômetros de Recife (PE). Ele será transferido do local para a capital pernambucana no sábado, 11, de helicóptero, e depois irá para Curitiba, base das investigações da Lava Jato.

O advogado Corrêa Filho disse que esteve com o ex-parlamentar, de quem é primo, na terça-feira, 7, na penitenciária e sugeriu que ele fizesse a delação. No início de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a abertura de investigação contra Pedro Corrêa, após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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"A minha sugestão é que ele faça delação premiada. Ele tem 67 anos de idade, é diabético, tem pressão alta. O caminho que ele tem é o de colaborar com a Justiça", afirmou o advogado, que é desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e professor de Direito.

Clóvis Corrêa Filho disse que deve acompanhar o ex-parlamentar a Curitiba. Questionado se o ex-deputado teria como contribuir com as investigações, o advogado disse. "Demais, demais, demais, vai passar a República a limpo, se ele contar tudinho."

Para Sérgio Moro, "a prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública". O juiz destaca que Pedro Corrêa, atualmente cumprindo pena em regime semiaberto pela condenação no processo do mensalão "é recorrente em escândalos políticos criminais e traiu seu mandato parlamentar e a confiança que a sociedade brasileira nele depositou.".

"O Moro tem sido muito cuidadoso, diligente, nós temos que ajuda-lo nessa tarefa, passar isso a limpo", disse Clóvis Corrêa Filho. "Quem não erra? Quem nunca errou que atire a primeira pedra. A forma de se corrigir será a delação premiada."

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